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Megaesófago em cães: como diagnosticar e tratar

Um diagnóstico precoce do megaesófago em cães permite implementar um tratamento atempado tornando possível manter uma ótima qualidade de vida.

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O megaesófago em cães é uma condição médica em que o esófago do cão se dilata, tornando-se incapaz de mover os alimentos e os líquidos para o estômago. Isso pode levar a regurgitação, falta de apetite e outros problemas de saúde. É uma condição comum em cães e pode ser congénita (o animal já nasce com ela), ou adquirida. Pode ser diagnosticada em cães de todas as idades e raças. O diagnóstico precoce é essencial para garantir o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do animal.

Causas do Megaesófago em Cães

Existem várias causas possíveis para o megaesófago em cães, incluindo:

  • Congénito: é uma condição hereditária que ocorre quando o esófago do cão não se desenvolve corretamente antes do nascimento.
  • Idiopático: é uma condição médica em que a causa é desconhecida.
  • Adquirido: pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo doenças autoimunes, infeções, tumores e lesões.

Sintomas do Megaesófago em Cães

Os sintomas do megaesófago em cães incluem:

A regurgitação é o principal sintoma do megaesófago, e geralmente ocorre logo após a alimentação.

Se notar algum destes sintomas no seu cão, é importante levá-lo ao Médico Veterinário atempadamente para um diagnóstico e tratamento adequados.

Diagnóstico do Megaesófago em Cães

O diagnóstico do megaesófago em cães pode ser desafiante, pois os sinais clínicos podem ser semelhantes a outras condições. No entanto, existem alguns exames que podem ser utilizadas para auxiliar a diagnosticar esta condição.

Exame Físico

O exame físico completo é uma das primeiras etapas no diagnóstico do megaesófago em cães. O Médico Veterinário irá avaliar a condição geral do animal, incluindo a sua aparência e o seu comportamento. Também irá verificar se existem sinais de desidratação ou desnutrição, como perda de peso e fraqueza muscular.

O Médico Veterinário irá avaliar a capacidade de deglutição do animal (a facilidade com que engole). Poderá realizar um teste onde observa se o animal consegue beber água sem se engasgar ou tossir. Além disso, o Médico Veterinário pode realizar um exame neurológico para verificar se há problemas com os nervos que controlam a deglutição. Á auscultação verificará se existem aumento dos sons respiratórios e tosse.

Análises Clínicas

Os exames laboratoriais podem ser úteis no diagnóstico do megaesófago em cães. Por exemplo, um hemograma completo pode ajudar a identificar uma possível infeção secundária. Além disso, um perfil bioquímico pode ajudar a avaliar o funcionamento dos rins e do fígado do animal.

Exames de Imagem

Para confirmar o diagnóstico de megaesófago em cães, são necessários exames de imagem. A radiografia simples pode mostrar a dilatação do esôfago, enquanto a fluoroscopia pode ser usada para avaliar a motilidade esofágica.

Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma endoscopia para avaliar a causa subjacente do megaesófago pois permite identificar obstruções esofágicas ou outras anomalias.

O diagnóstico precoce do megaesófago em cães é importante para evitar complicações graves, como pneumonia por aspiração. Portanto, se o dono notar sinais clínicos de regurgitação ou tosse, é importante levar o animal ao Médico Veterinário para avaliação.

Tratamento do Megaesófago em Cães

O tratamento do megaesófago em cães depende da causa subjacente da doença. O objetivo do tratamento é reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do animal. Existem várias opções de tratamento disponíveis, incluindo alteração da alimentação, medicação e cirurgia.

Alimentação

A alimentação do cão com megaesófago deve ser feita em pequenas porções e em intervalos regulares ao longo do dia. É recomendado que o cão seja alimentado numa posição vertical, com a cabeça elevada acima do corpo, para ajudar a prevenir a regurgitação. A comida deve ser bem mastigada e o cão deverá permanecer numa posição vertical durante a alimentação bem como por cerca de 10 a 15 minutos após a refeição.

Além disso, a comida deve ser de fácil digestão e não deve ser muito seca ou muito húmida. Alimentos secos podem ser um pouco mais difíceis de engolir, enquanto alimentos muito húmidos podem ser mais propensos a causar regurgitação.

É importante garantir que o cão esteja bem hidratado. Algumas medidas que podem ajudar incluem oferecer água em pequenas quantidades e com maior frequência, além de utilizar fontes de água elevadas, como bebedouros suspensos.

O maneio da alimentação é uma das principais formas de tratamento do megaesófago em cães.

Medicação

Existe medicação que pode ser usada para ajudar a controlar os sintomas do megaesófago em cães. Os medicamentos que ajudam a controlar a acidez do estômago podem ser usados para reduzir o risco de regurgitação. Medicamentos que aumentam a motilidade do esófago também podem ser prescritos para ajudar a mover o alimento pelo trato digestivo.

Cirurgia

A cirurgia é um último recurso para o tratamento do megaesófago em cães. Geralmente, é reservada para casos graves em que outros tratamentos não funcionaram. Existem várias opções cirúrgicas disponíveis, incluindo a remoção do esôfago danificado ou a reconstrução do esôfago usando tecido de outras partes do corpo.

Em geral, o tratamento do megaesófago em cães deve ser personalizado para cada animal e baseado na causa subjacente da condição. O maneio alimentar é a forma mais comum de tratamento e a medicação pode ser usada para controlar os sintomas. A cirurgia é geralmente reservada para casos graves em que outros tratamento não funcionaram.

É importante seguir as instruções do Médico Veterinário e monitorizar cuidadosamente o cão para garantir que ele recupera adequadamente.

Prevenção do Megaesófago em Cães

  • Evitar a ingestão de alimentos secos e crocantes: Alimentos como biscoitos e ração seca, podem ser difíceis de mastigar e engolir, aumentando o risco de aspiração e desenvolvimento do megaesófago.
  • Alimentação adequada: É importante oferecer alimentos adequados para a idade, tamanho e condição de saúde do cão. Além disso, é importante mastigar bem a comida e evitar a alimentação em excesso.
  • Acompanhamento médico-veterinário: É importante realizar consultas regulares com um Médico Veterinário para garantir a saúde do cão e detectar possíveis problemas precocemente.
  • O cão deve ser incentivado a praticar exercícios físicos leves a moderados, como caminhadas diárias. Isso ajuda a manter a musculatura do esófago e do trato gastrointestinal em boa forma.

O megaesófago em cães é uma condição que pode ser desafiadora para os donos e Médicos Veterinários. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento bem-sucedido, e os sinais clínicos, como a regurgitação e a perda de peso, devem ser levados a sério.

Os métodos de diagnóstico, como a radiografia, a endoscopia e os exames sanguíneos, podem ajudar a confirmar o diagnóstico e a determinar a causa subjacente do megaesófago. O tratamento dependerá da causa subjacente e pode incluir mudanças alimentação, medicação e cirurgia.

É importante lembrar que o tratamento do megaesófago em cães pode ser um processo longo e contínuo, e pode levar tempo e paciência para ver resultados positivos. Além disso, é crucial que os donos sigam as recomendações do Médico Veterinário e monitorizem de perto a saúde dos seus animais de estimação.

Com um diagnóstico precoce, tratamento adequado e monitorização cuidadosa, os cães com megaesófago podem ter uma ótima qualidade de vida.

Cláudia Ferreira

Médica Veterinária de Animais de Companhia

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