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Tudo o que deve saber sobre o Cão de Água Português

Saiba tudo sobre uma raça portuguesa que se espalhou pelo mundo depois de um exemplar se ter tornado o cão oficial do presidente Obama.

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Assim que o Presidente Obama levou o Bo para viver na Casa Branca, o Cão de Água Português passou a ser uma raça conhecida internacionalmente. Fique a saber mais sobre ela.

Origem

A história descreve a raça como originária do Algarve, onde era chamado de Cão d’Água Algarvio. Contudo, vários historiadores acreditam que a raça se originou nas planícies asiáticas, por volta de 700 A.C. Não há ainda consenso sobre qual o povo que trouxe os ancestrais da raça para a região agora ocupada por Portugal. Descrevem-se como os Berberes, ou Mouros nos séculos posteriores, ou pelos Godos, muito embora se pense que tenham sido estes últimos, dado que os cães dos Ostrogodos, originaram o Caniche, que apresenta muitas caraterísticas semelhantes ao Cão de Água Português. Segundo o Médico-Veterinário Manuel Fernandes Marques, no seu livro “O Cão de Água”, publicado em 1938, os antepassados desta raça eram conhecidos pelos romanos como o “Cão Leão”, dado o seu particular corte de pelo. Esta antiguidade da raça poderá indicar que os seus antepassados são os mesmos dos do Caniche.

Em Portugal, o Cão de Água Português viveu em toda a costa de Portugal, onde foi usado para agrupar peixes em redes, recuperar redes rompidas, equipamentos perdidos e atuar como mensageiro entre navios e a costa. Sabe-se ainda que vários destes cães navegaram a bordo de navios, desde a costa Portuguesa até aos mares da Islândia.

No início do século XX, com o declínio da pesca e a introdução de novas tecnologias, a raça caiu em declínio. Ainda assim, o escritor Raul Brandão, na sua obra “Os Pescadores”, de 1932, descreve a atividade de um barco de pescadores de Olhão: “Tripulavam-no vinte e cinco homens e dois cães, que ganhavam tanto como os homens. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo a ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão ao mar e ia agarrá-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo”.

No início da década de 1930, o Dr. Vasco Bensaúde, um empresário açoriano dono de uma empresa de conservas, iniciou esforços para salvar a raça. A linhagem Algharborium teve os primeiros Cães de Água Portugueses registrados no Clube Português De Canicultura. O padrão original ainda define exatamente como deve ser a conformação do Cão de Água Português, com base no trabalho para o qual o cão foi criado.

Em 1981, a raça foi considerada a mais rara do mundo, pelo livro de recordes do Guiness.

Cão de Água ou Cão d’Água?

Escreve-se de ambas as formas. Contudo, no Clube Português de Canicultura e nos diversos clubes oficiais de raças dos vários países, a designação da raça é Cão de Água Português.

Embora as parecenças da raça, não devem ser confundidos com o Cão de Água Espanhol ou mesmo o Cão de Água Francês.

O Cão de Água Português de hoje

O Cão de Água Português é uma raça reconhecida pela FCI (Federação Cinológica Internacional). Pertence ao grupo 8 (Cães levantadores (Retrievers) e cobradores de caça, e Cães de Água) e, dentro deste, à secção 3 – Cães de Água.

Porte: Médio

Peso: machos 19-25kg e fêmeas 16-22 kg

Altura ao garrote: machos 50-57 cm (idealmente 54 cm) e fêmeas 43-52 cm (idealmente 46 cm)

Cores: Preto, Castanho, Branco, ou Preto ou Castanho com manchas brancas

Tipo de pelagem: Existem dois tipos de pelagem: longa e ondulada, com pelo mais brilhante, e curta e encarapinhada, de pelo mais opaco. Têm pelo denso e abundante, cobrindo todo o corpo uniformemente. Não tem subpelo.

Aspeto geral: A cabeça é grande e larga. Os olhos têm tamanho médio, bem separados e um pouco oblíquos, sendo os olhos mais escuros os preferidos. Orelhas inseridas bem acima da linha do olho, em forma de coração. As pontas não devem chegar abaixo da mandíbula inferior. O pescoço é curto e musculado, sem barbela. O peito é largo e profundo, chegando ao cotovelo. As costelas são longas e bem arqueadas para fornecer a capacidade pulmonar ideal. A cauda não é ancorada, sendo grossa na base e afilando posteriormente. Quando o cão está atento, a cauda é mantida em anel, cuja frente não deve chegar à frente do lombo. A cauda fornece uma grande ajuda ao nadar e mergulhar, devido à sua largura.

Com ombros muito musculados, os membros anteriores são fortes e retos. As patas têm dedos não dobrados, nem muito longos. As membranas entre os dedos são de pele macia, bem coberta de pelos e atingem as pontas dos dedos. A almofada central é muito grossa. Unhas pretas, castanhas, brancas e listradas.

Os membros posteriores são paralelos um ao outro, retos e muito musculosos na parte superior e inferior da coxa.

Tem uma expressão estável, penetrante e atenciosa.

Esperança de vida: 10-14 anos

Temperamento/ Comportamento

Dada a sua história, facilmente se compreende o facto de serem relatados como cães inteligentes, obedientes, e ótimos cães de guarda.

Têm um temperamento ativo, e resistente, mas também obediente. São amorosos e amigáveis, sendo companheiros extremamente leais.

O Cão de Água Português não se adequa à vida no exterior de casa, sendo extremamente ligado à sua família e reagindo bastante mal à solidão. Assim, quando deixados sós, podem desenvolver comportamentos destrutivos.

Quando no exterior, se deixados sozinhos, deve-se ter o cuidado de ter cercas altas ao redor do espaço, por forma a evitar que fujam.

Atividade/Exercício

O Cão de Água Português é uma raça com muita energia para gastar. Assim, o tutor deve estar preparado para o exercitar diariamente e passar bastante tempo ao ar livre, muito embora, como referido, gostem mais de estar dentro de casa.

Como o próprio nome indica, adoram a água. Assim, se puder, proporcione-lhe uns bons mergulhos!

Curiosidades

O Cão de Água Português tem membranas nas patas, o que o ajuda a movimentar-se na água.

Uma das particularidades desta raça relaciona-se com a inexistência de uma camada de subpelo, fazendo com que não exista troca de pelagem e, por consequência, com que largue muito pouco pelo. Foi precisamente o facto de o Cão de Água Português libertar menos pelo comparativamente a outras raças, que levou o Presidente norte-americano, Barack Obama, a adotá-lo na Casa Branca como cão de família, uma vez que a sua filha Malia sofre de alergia ao pelo dos cães. O primeiro cão chamou-se Bo (2008), tendo-se-lhe juntado uma fêmea, a Sunny (2012).

Patologias mais comuns

É uma raça bastante saudável. Contudo, como todas, tem problemas mais comuns. Estes são a displasia da anca e questões relacionadas com a visão, como é caso das cataratas e da atrofia progressiva de retina.

Cuidados

Conforme referido, quando deixados sozinhos no exterior, deve garantir-se uma vedação segura.

Apesar das qualidades do pelo, este deve ser escovado regular e extensivamente, por forma a não enrolar e não ganhar os vulgarmente designados “ninhos” e “nós”.

Alimentação

Não existem quaisquer cuidados específicos no que toca à alimentação do Cão de Água Português. Como em todas as raças, a alimentação e dosagem deve ser ajustada à idade e nível de exercício do cão. Aconselhe-se sempre com o seu Médico Veterinário.

Encontre aqui ração para raças médias.

Não esquecer que devem ter sempre acesso a água.

 

Amorosos, divertidos e companheiros, vão encher a sua casa e a sua vida!

Mónica Carvalho

Médica Veterinária

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