Rotura do ligamento cruzado anterior – doença característica do Jack Russel
O ligamento cruzado cranial é muito importante na articulação do joelho, mas pode ruturar e trazer graves consequências. Aprenda mais aqui.
Filipa Calejo
VeterináriaSaiba o que o seu cão deveria estar a comer...
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O que é o ligamento cruzado anterior?
O ligamento cruzado anterior (LCCR) é o ligamento mais importante do joelho, a sua rotura pode ser parcial ou total, provocando uma instabilidade articular.
LCCR é frequente nos nossos animais, quer derivada pela predisposição genética devido à conformação anatómica, como o caso do Jack Russel, quer como consequência de um trauma.
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Quando devo suspeitar que meu cão possa ter um rotura do LCCR?
A causas da rotura podem ser de origem traumática ou degenerativa, mas conduz sempre à instabilidade da articulação provocando artrose.
- Em caso de rotura aguda traumática, comum em animais com < 4 anos, estes apresentam claudicação (coxear) severa e ocasionalmente não apoiam o membro no chão;
- Quando provocado por doença articular degenerativa (osteoartrose), mais frequente em cães entre 5-7 anos, com história de claudicação intermitente que agrava com a atividade física.
O sintoma mais comum é então a claudicação (coxear) do membro posterior, e a sua gravidade depende do grau de rotura.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pelo seu Médico Veterinário pela história de claudicação e através de uma série de manobras que consistem na palpação e avaliação da mobilidade articular (teste de compressão tibial e teste de gaveta cranial). É recomendado a realização de Rx, com objetivo de identificar zonas de artrose e excluir outros diagnósticos diferenciais.
A astroscopia também poderá ser usada como meio de diagnóstico, permitindo ainda a avaliar os meniscos.
Qual o tratamento?
O tratamento recomendado é cirúrgico, havendo várias técnicas que ajudam na estabilização do joelho impedindo o deslizamento da tíbia em relação ao fémur (tibio-femoral) que ocorre após a lesão.
A técnica mais recente é de estabilização dinâmica TTO (triple tibial osteotomy) que resulta de uma combinação da TPLO (tibial plauteau leveling osteotomy) e da TTA (tibial tuberosity advancement).
No pós-cirúrgico é recomendado repouso, restrição de exercício e fisioterapia. O peso do cão é também importante na recuperação, pois excesso de peso piora o prognóstico. Deve controlar a quantidade de ração diária indicada para o seu patudo ou adoptar uma ração light.
Filipa Calejo
Médica Veterinária de Animais de Companhia