Cão ofegante: o que fazer para ajudar?
Não há como não ficar alerta quando vemos um cão com respiração ofegante: fica de boca aberta, a respirar bastante rápido e com movimentos fortes no corpo. O que podemos fazer para ajudar? Leia e fique a saber mais.
Ana Matias
VeterináriaSaiba o que o seu cão deveria estar a comer...
Experimente sem compromisso
Quando vemos o nosso cão ofegante é normal que fiquemos preocupados, pois, a respiração ofegante é sempre sinal de alerta.
Alguns casos podem ser episódios sem gravidade, no entanto, qualquer situação em que o patudo esteja ofegante merece atenção, para que a respiração volte à normalidade.
Como perceber que o cão está ofegante?
Quando um cão tem dificuldades a respirar, o seu corpo manifesta-se com movimentos bruscos do tórax ou abdómen, boca aberta, respiração rápida e superficial ou bastante profunda.
Não há como não perceber que algo não está normal!
Porque é que o cão pode ficar ofegante?
Existem várias causas para uma respiração ofegante nos nossos patudos, desde exercício físico intenso ou calor a doenças graves.
É importante que os tutores saibam avaliar a situação que presenciam, para saber se é necessária a intervenção Médico-Veterinária ou não.
Determinadas raças de cães, nomeadamente as braquicéfalas, como por exemplo Pug, Boxer, Pequinês, Bulldog Francês e Bulldog Inglês, têm mais propensão a alterações respiratórias.
Nestes animais, a cavidade nasal é mais achatada, tendo menos espaço para a circulação do ar, por isso necessitam sempre de maior esforço respiratório.
Ainda assim, respiração ofegante nos cães desta raça pode não ser normal e ter repercussões gravíssimas, se não for investigada atempadamente.
As causas mais comuns para os patudos ficarem com uma respiração mais ofegantes são:
- Ansiedade
- Dor
- Calor
- Exercício físico
- Obesidade
- Problemas cardíacos
- Problemas respiratórios
Como identificar respiração ofegante?
Como referido anteriormente, quando há dificuldade respiratória, o cão apresenta sinais corporais específicos. Quanto maior for essa dificuldade, mais intensos eles são! Por vezes, pode surgir tosse associada e a língua ficar de fora enquanto arfam.
Perante uma situação destas, é importante mantermo-nos calmos e permitir que o nosso patudo repouso, sem grande excitação, de forma a não agravar ainda mais o seu estado.
É importante observar a duração destes episódios e a sua evolução, em conjunto com os sinais que o cão apresenta. Por exemplo, se sua língua começa a mudar da sua coloração rosada para uma cor mais azulada, é sinal de que está a entrar em cianose. Isto significa que, devido à falta de ar, não está a conseguir oxigenar o seu sangue e tecidos. Estamos perante uma urgência! Está indicado levar o seu cão para o Médico Veterinário imediatamente! Se, por um lado, após uma corrida matinal, a respiração do seu cão acelera o ritmo durante poucos minutos, mas mantém-se bem disposto e depois normaliza, percebemos que o episódio passou e foi resultado do esforço intenso.
E o que pode provocar uma respiração ofegante nos cães?
Apenas o Médico-Veterinário dispõe de ferramentas que permitem avaliar e diagnosticar o vosso patudo. Reforço que se o vosso cão tem dificuldades a respirar ou apresenta muitas vezes uma respiração ofegante, deve ser avaliado pelo profissional!
Existem vários motivos que podem provocar respiração ofegante nos cães:
- Calor
- Dor
- Problemas cardíacos, mais comum em cães séniores
- Alterações das vias respiratórias
- Medo e ansiedade
O que fazer para ajudar?
- Manter o cão calmo e tranquilo, evitando movimentos ou comportamentos que o stressem ou excitem
- Manter-se alerta para vigiar o episódio e perceber se é transitório ou se requer avaliação médico veterinária imediata
- Não medicar o cão sem autorização do Médico Veterinário
Quando o Médico Veterinário identifica o problema que despoleta a respiração ofegante, deverá seguir as suas instruções de tratamento e as suas recomendações.
Para evitar que o seu cão fique ofegante, deve ter alguns cuidados como:
- Fazer passeios curtos e nas horas de menor calor
- Momentos de brincadeira devem ser curtos e vigiados, especialmente em alturas de calor
- Evite a exposição do seu patudo ao calor (especialmente grupos de risco como cachorros, cães séniores ou braquicéfalos)
- Disponibilize sempre água fresca ao seu patudo
- Faça check-ups regulares com o seu cão para diagnosticar precocemente alguma doença cardiorrespiratória
- Ofereça uma alimentação saudável para evitar que o seu patudo aumente de peso. Personalize a dieta para o seu cão aqui
Ana Matias
Médica Veterinária