Parvovirose: tratamento e prognóstico
A parvovirose é uma doença vírica grave que afeta principalmente os cachorros. Saiba mais sobre esta patologia neste artigo.
Ana Pinto
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Como se transmite a Parvovirose?
Há uma variedade imensa de fatores de risco que podem aumentar a susceptibilidade do cão ao parvovírus, no entanto, é quase sempre transmitido através de:
- Contacto direto com um animal infectado
- Contacto indireto por fezes contaminadas (transmissão feco-oral) – elevadas concentrações de vírus são encontradas nas fezes dos cães portadores/infectados. Portanto, quando um cão saudável, em passeios encontra fezes de outros cães infectados, pode contrair a doença! O vírus pode sobreviver no meio ambiente (solo) durante mais de um ano, é bastante resistente a mudanças de temperatura e a praticamente todos os desifetantes.
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Atenção! Nós também podemos ser fonte de contagio para o nosso cão! Por isso é mesmo importante não usar os sapatos da rua dentro de casa, pois estamos constantemente a pisar zonas que poderão estar infectadas, principalmente se temos em casa cachorros sem o plano vacinal atualizado.
Quais são os sinais de aviso para suspeitar de parvovirose?
Os sinais mais comuns de parvovirose são:
- Diarreia líquida com sangue
- Letargia
- Anorexia (Não tem apetite nenhum)
- Febre / Hipotermia
- Vómitos
- Perda de peso acentuada e rápida
- Dor abdominal
Estes sinais clínicos são graves e caso o seu patudo demonstre algum deles deve deslocar-se o mais rápido possível ao médico veterinário habitual.
O Parvovírus afeta a capacidade do organismo em absorver os nutrientes que precisa,
Portanto será de esperar que um cachorrinho rapidamente fique desidratado e fraco. Costuma ser um processo muito rápido (em menos de 24 horas podem ter um agravamento do seu estado geral).
A parvovirose pode ser tratada?
Sim! No entanto, como se trata de uma doença vírica, um medicamento específico para o parvovirus.
O tratamento é sintomático, ou seja, é administrada medicação de acordo com os sinais clínicos apresentados.
É necessário também um tratamento de suporte com fluidoterapia e hospitalização.
As medicações usadas passam por:
- Anti-émeticos (tratamento da naúsea e vómitos;
- Protectores gástricos;
- Antibióticos (prevenção de infecções secundárias ou tratamento de septicémia (em casos mais avançados);
- Analgésicos (para que os patudos estejam o mais confortáveis possível e sem dores).
Qual é a taxa de sobrevivência desta doença?
Em cães tratados a nível hospitalar, a taxa de sobrevivência é aproximadamente de 70% – dependendo, claro, da gravidade de cada caso clínico.
Mesmo assim, a morte está quase sempre associada a uma desidratação severa, infecções bacterianas secundárias, toxinas ou mesmo a hemorragias gastro-intestinais.
É importante saber também que, caso haja recuperação total, os patudos não deixam de ser portadores da doença, podendo excretar o vírus pelo menos durante 2 meses após a sua recuperação.
O prognóstico é pior quanto mais jovem for o cachorro, pois o seu sistema imunitário não é menos competente.
Como posso prevenir?
A vacinação é a melhor forma de prevenção! Por isso, evite passear os cachorros em zonas públicas antes de terem completado a vacinação das doenças infeto-contagiosas! Conheça aqui o plano vacinal para cães.
Manter o ambiente em que os cachorros vivem higienizado é também uma forte ferramenta de proteção.
Além disso, cuidados veterinários regulares, desparasitações atualizadas e alimentação de boa qualidade ajudam a proteger os nossos melhores amigos de doenças 🙂
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Ana Pinto
Médica Veterinária de Animais de Companhia