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O que é a medicina veterinária holística?

Numa altura em que as terapias holísticas ganham maior relevância, importa saber, afinal, o que é a Medicina Veterinária Holística?

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Holismo, o que é?

Segundo o dicionário da língua portuguesa, holismo é a “doutrina que concebe o indivíduo como um todo, que não se explica apenas pela soma das suas partes, apenas podendo ser entendido na sua integridade; conceção, nas ciências humanas e sociais, que defende a compreensão integral dos fenómenos e não a análise isolada dos seus constituintes.” Assim, a prática do holismo trata o corpo como um todo.

Significa captar toda a imagem do paciente, isto é, o ambiente, o padrão da doença, a relação do animal de estimação com o proprietário, e desenvolver um protocolo de tratamento usando uma ampla variedade de terapias para curar o animal. O profissional holístico está interessado, para lá da história médica, também em genética, nutrição (alimentação natural, ração natural), meio ambiente, relacionamentos familiares, níveis de stress e outros fatores.

Em que consiste?

As técnicas utilizadas pela medicina holística são muito simples e minimamente invasivas, envolvendo o bem-estar animal e a redução do stress. O pensamento holista é centrado no amor, empatia e respeito.

A abordagem inicial da medicina veterinária holística, passa por reforçar os mecanismos de cura naturais do organismo, reservando a utilização de fármacos para último recurso. Procura-se assim a utilização dos mecanismos naturais do corpo.

A procura pela saúde é uma das premissas, procurando-se evitar as doenças com base numa boa alimentação, aumento da imunidade, melhoria do bem-estar. A ideologia “somos o que comemos” é um dos ideais da medicina holística, procurando a alimentação baseada em alimentos naturais, não processados.

Na abordagem terapêutica ao animal doente, o veterinário holista inicia o tratamento com base em técnicas não farmacológicas ou cirúrgicas, a menos que a doença assim o “exija”. A terapia inicial será com base em produtos naturais e/ou medicinas alternativas, tais como a homeopatia, utilização de nutracêuticos, fitoterapia, aromaterapia, quiroprática, osteopatia, entre outras. A terapêutica farmacológica é apenas utilizada em caso de última necessidade, perante uma não resposta às terapias iniciais. Contudo, não deveremos confundir a medicina holística com medicina alternativa, dado esta utilizar não só as terapias alternativas, como também as técnicas da medicina tradicional.

Uma vez tratados os sintomas, a atuação do médico veterinário holista não está ainda completa, até que os padrões da doença tenham sido redirecionados. Ou seja, o paciente será guiado para um novo nível de saúde, procurando-se não só a saúde física, mas ainda a mental e emocional, e a sua manutenção de forma duradoura.

A abordagem holista

A visita a um veterinário holista é em tudo semelhante à de um veterinário tradicional. Ele irá examinar o animal e, em conversa, tentar chegar à sua história clínica. A abordagem ao animal passará pela análise do aspeto geral do animal, os linfonodos, medindo-se a temperatura, auscultando-o, entre outros métodos que sejam necessários, tais como a recolha de amostras de sangue, entre outras. As principais diferenças que poderá notar serão a provável ausência da bancada em inox, sendo o seu cão examinado no chão, ou mesmo num ninho. Deverá estar preparado para responder a perguntas menos comuns de um veterinário, como sobre o estado emocional do seu cão, devendo também a consulta demorar mais. Por último, as recomendações do veterinário poderão requerer maior esforço da sua parte, necessitando adicionar, por exemplo, ervas ou alguma terapia homeopática à comida do animal, exercitando-o mais, entre outros.

Assim, embora a prática do holismo se resuma em poucas palavras (“trata o corpo como um todo”), a sua amplitude é extremamente abrangente. Exemplificando com um animal que se apresentasse com otite. Visto por um veterinário holista, este começaria por pesquisar todo um historial que lhe permitisse saber como ficou com otite. Seria analisado tudo o que envolvia o paciente, incluindo o seu bem-estar emocional. A otite poderia ser causada por diminuição da imunidade do animal, devida a problemas nutricionais ou de aumento da sua ansiedade. A prática passaria provavelmente pela medicação do animal, tentando-se inicialmente outras abordagens mais naturais, sugerindo-se também alterações no estilo de vida, por forma a evitar problemas persistentes e recorrentes. Outro dos exemplos que se poderá dar é o caso da desparasitação preventiva. Neste caso, o uso de fármacos seria deixado para casos de patologia provocada pelos parasitas, privilegiando-se como prevenção a utilização de nutracêuticos e fitoterapia.

Mas o meu veterinário já tem algumas práticas holísticas então…

O facto de em Portugal, apenas agora, terem começado a surgir especialistas, faz com que a maioria dos veterinários no nosso país tenham uma abordagem um pouco holista, vendo o animal como um todo e não se centrando apenas no tratamento da doença, mas também na sua prevenção, por meio de melhorias da dieta, alterações de comportamento, melhoria do bem-estar, entre outros itens. É certo que a ideologia holista se centra também em meios alternativos e começa a sua abordagem terapêutica com base nesses meios, daí ser importante a distinção. Contudo, esta distinção é mais notória nos EUA ou noutros países Europeus.

Interessado em medicina holística? Aconselhe-se com o seu Médico Veterinário.

Mónica Carvalho

Médica Veterinária

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