Doenças mais comuns nos Border Collie
O Border Collie é uma raça de tamanho médio, considerada uma das raças mais inteligentes. Têm algumas doenças com origem genética, que iremos destacar neste artigo.
Filipa Calejo
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Neste artigo iremos destacar algumas doenças comuns nos Border Collie.
Displasia da anca e cotovelo
A presença de displasia conduz a uma situação de desgaste da cartilagem articular que origina artrose na anca e/ou cotovelo. A sintomatologia varia de acordo com o grau de displasia. Claudicação, dor e relutância ao movimento são os sinais clínicos mais comum. É recomendada a realização de Raio-x de despiste de displasia ainda em idade jovem.
A suplementação alimentar com condroprotetores ajuda a fortalecer as articulações e evitar dor e inflamação nas mesmas. Border Collie devem ainda fazer uma dieta personalizada para evitar este problema.
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Collie Eye anormal (CEA)
Doença ocular da raça Collie, que também ocorre em Pastores como o Pastor Australiano. Afeta a anatomia normal da retina e outras estruturas do fundo do olho, surgindo pequenas pequenas irregularidades ou formando-se bolsas ou mesmo orifícios. A severidade varia entre cães assintomáticos e cães com deslocamento de retina (que pode culminar na perda de visão). Recomenda-se check-up oftálmico regular. É uma doença hereditária autossómica recessiva e, portanto, os animais portadores deverão ser excluídos de reprodução.
Trapped Neutrophil Syndrome (TNS) ou Grey Collie Syndrome
É um distúrbio imunológico fatal no Border Collie. Os neutrófilos são células de defesa que ajudam a combater infeções, produzidas pela medula óssea e posteriormente libertadas na corrente sanguínea. Animais com esta síndrome não conseguem libertar os neutrófilos para o sangue, fazendo com que o sistema imunitário tenha dificuldade no combate a infeções. São cães com aparência mais frágil, com pelagem cinza ou mais clara que o normal. Geralmente não sobrevivem para além dos primeiros anos de vida. É uma doença hereditária autossómica recessiva, pelo que os animais portadores deverão ser excluídos de reprodução.
Atrofia progressiva da retina
É uma doença ocular canina comum, de carácter lento e com progressiva degradação da retina. Pode afetar ambos os olhos, não provoca dor, mas conduz à perda de visão. Recomenda-se check-up oftálmico regular.
Epilepsia
Alteração neurológica que surge devido a uma atividade neuroeléctrica irregular. Os sinais clínicos presentes são convulsões, espasmos e perda de consciência durante o ataque epilético. Pode surgir entre os 6 meses e os 5 anos de idade. Veja o artigo no blog sobre “Epilepsia Canina”.
Filipa Calejo
Médica Veterinária de Animais de Companhia