Anisocoria no cão: o que pode significar?
A anisocoria no cão é um sinal clínico que se caracteriza pela assimetria das pupilas e pode ter diferentes causas. Saiba mais neste artigo.
Daniela Leal
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A anisocoria no cão consiste na assimetria entre as pupilas. Uma das pupilas pode estar miótica (mais pequena) ou midriática (maior), apresentado um tamanho diferente da pupila contralateral (do outro olho).
Porque existem alterações nas pupilas dos cães?
Em condições normais, as pupilas dos cães podem sofrer constrição ou dilatação, ficando mais pequenas ou maiores, conforme a exposição à luz.
Em condições de muita luminosidade, as pupilas ficam ambas mais pequenas para que o olho receba menos luz e vice-versa.
Para além da luz, também outros fatores podem provocar alterações no tamanho das pupilas. Por exemplo, em situações de medo, as pupilas podem dilatar.
No entanto, estes fatores levam à alteração do tamanho de ambas as pupilas, obrigatoriamente.
Quando o tamanho é diferente entre ambas em simultâneo, existe um problema que deve ser analisado pelo Médico-Veterinário.
Quais são as causas?
As principais causas da anisocoria no cão são causas oftalmológicas e neurológicas, entre as quais:
- Lesões na córnea, como úlceras de córnea, que podem provocar dor e uveíte reflexa (nestes casos o animal pode apresentar corrimento ocular e o olho com blefarospasmo, “mais fechado”);
- Uveíte (a pupila no olho afetado fica menor);
- Glaucoma (a pupila no olho afetado fica maior);
- Lesões na retina, como descolamento de retina (estes casos podem ser acompanhados de cegueira);
- Tumores intra-oculares;
- Trauma ocular;
- Neurite ótica (inflamação do nervo ótico);
- Lesão (seja traumática, hemorrágica ou tumoral) a nível do trato ótico ou do sistema nervoso central;
- Síndrome de Horner (alteração neurológica em que um dos olhos está caído e com a terceira pálpebra visível, para além de se notar a pupila mais pequena).
Dependendo da causa, a anisocoria pode ser acompanhada por outros sinais clínicos, como olho vermelho, olho mais fechado ou alterações da fenda palpebral.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito mediante avaliação oftalmológica e neurológica, com avaliação do fundo do olho e do reflexo pupilar (ver se a pupila responde mediante estímulo de luz). Dependendo do caso, pode ser necessária a realização de exames mais complexos, como TAC ou Ressonância Magnética.
Nestes casos, o patudo deve ser visto pelo Médico Veterinário assim que possível.
Tratamento e prognóstico
Tanto o tratamento como o prognóstico variam consoante a causa. É necessário identificar a causa da anisocoria para proceder ao tratamento posterior.
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Daniela Leal
Médica Veterinária